Fórum Futurália 2020, dias 30 e 31 de Março.

Um debate sobre as implicações da indústria 4.0 na educação, emprego e juventude

 Indústria 4.0Aprender, Trabalhar e Competir” é o tema do Fórum que Futurália vai realizar nos dias 31 de Março, na FIL, com o objetivo de trazer para a discussão pública a emergência de um novo paradigma na educação, formação e empregabilidade sustentado na indústria 4.0 e na transformação digital.

O Fórum Futurália 2020 vai debater a INDÚSTRIA 4.0, no que se refere às suas implicações e desafios na ”Educação e formação, emprego e juventude”, no próximo dia 31 de Março. Este Fórum é antecedido de Workshops temáticos “Aprender”, “Trabalhar”, “Competir e cooperar” que se realizam no dia 30 de Março, cujas reflexões e contribuições serão objeto de debate no Fórum do dia 31. Vão estar envolvidos os parceiros sociais, tendo em conta a sua capacidade de influenciar muitas das orientações e políticas, e bem assim as demais partes interessadas a nível nacional e internacional, nomeadamente a participação dos parceiros do projeto SOLID – South Social Med, relacionado com o diálogo social e as relações euro-mediterrânicas, envolvendo Marrocos, Tunísia e Jordânia. Membros do governo, de instituições portuguesas e europeias, e um conjunto de especialistas vão animar os diferentes painéis. Estarão igualmente envolvidos os actores dos sistemas de educação, formação, ciência e tecnologia, as empresas.

Esta reflexão pretende antecipar os desafios e as oportunidades que se perspetivam a nível da Educação, do Emprego e da Juventude, face à abrangência e profundidade das mudanças de caráter tecnológico, económico e social que estão a emergir e que vão moldar os contornos da 4ª Revolução Industrial e a vida económica e social.

Num mundo caracterizado pela imprevisibilidade, mutabilidade e complexidade, importa refletir sobre o modelo de Escola, bem como na responsabilidade de esta conseguir desempenhar papeis acrescidos, não só na valência da formação cívica dos cidadãos, preparando-os para ambientes sociais diversos como, especialmente, pelo tipo de formação teórica e prática que lhes permita, pelo conhecimento e competências adquiridas, ter ferramentas de adaptabilidade adequadas aos diferentes e diversos ecossistemas com os quais se vão deparar num futuro próximo”, afirma o Presidente do Conselho Estratégico da Futurália, Eduardo Marçal Grilo.

O novo paradigma sustentado na indústria 4.0 (ou 4ª revolução industrial) e na transição energética, tem profundas implicações a nível tecnológico, económico e social, alterando profundamente, porventura de forma irreversível e por vezes dramática, o tempo e o modo como aprendemos, trabalhamos, competimos e cooperamos. São mudanças que se consubstanciam em sistemas de TI e sistemas de software inteligentes com custos de produção mais baixos, melhorando a produtividade; inteligência artificial, robótica altamente sofisticada, aprendizagem máquina e novas áreas de pesquisa como o deep learning; sistemas ciberfísicos que ligam o mundo virtual ao mundo das coisas, a Internet das Coisas (IoT); a impressão 3D e a produção aditiva; Big Data; transformam-se cadeias produtivas e logísticas; emergem novos modelos de negócios.

Qual será o impacto no emprego, e nas relações entre empregadores e trabalhadores, da digitalização generalizada da economia? E que novos desafios para o diálogo e concertação social? Que profissões e setores serão afetados, e em que período de tempo? Que novas qualificações e competências? Como podem ser desenvolvidas novas oportunidades para os indivíduos pouco qualificados, os desempregados de longa duração, as pessoas com deficiência, os migrantes e os jovens desfavorecidos? Estão os sistemas de educação e formação ao longo da vida em condições de responder aos desafios e necessidades da Indústria 4.0? Como é que os ganhos do incremento da produtividade vão ser distribuídos? São estas e muitas outras questões que o Fórum Futurália 2020 vai debater.

O Fórum Indústria 4.0 – Aprender, Trabalhar e Competir terá como moderadora a jornalista Maria Flor Pedroso, e contará com a presença de diversas personalidades e entidades, entre as quais, a secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Fernanda Rollo, o Presidente da Fundação AIP, Jorge Rocha de Matos, Eduardo Marçal Grilo pelo Conselho Estratégico da Futurália, Teresa Mendes, do Instituto Pedro Nunes, o Eurodeputado Carlos Zorrinho, Guilherme D’ Oliveira Martins, da Fundação Calouste Gulbenkian, Moncef Kettani, Conseil Économique et Social du Maroc, Peter Schmidt, European Economic and Social Council, entre outros especialistas e intervenientes directos nestas temáticas.